Ao nascer o ser humano começa a participar e a construir "História".
Estudar, entender e conhecer mais sobre os fatos históricos, sociológicos e culturais de nosso tempo é compreender que, somos parte da estrutura complexa, dinâmica e ativa que é construída a cada segundo da vida...
Por estarmos vivos fazemos parte dos momentos, fatos e desenrolar da História humana, construindo-a mesmo que de maneira indiferente.
TUDO É HISTÓRIA !!!
HISTÓRIA É VIDA...
PARA QUE ESTUDAR HISTÓRIA...
Antes se imaginava que estudar História era apenas pesquisar sobre o passado e nada mais.
Atualmente, porém, podemos definir esse estudo como determinada busca que irá nos ajudar a entender os acontecimentos que acontecem no presente e virão a acontecer no futuro.
Para isso, pensar em rompimentos e permanências, em certezas e descobertas, em perguntas e vazios que se explicam com o passar do tempo, em mudanças e frustrações e em tudo o que permanece com o tempo, é pensar construções históricas, sociológicas e culturais.
Diariamente andamos pelas ruas, conversamos com as pessoas, entramos em prédios, lemos alguma coisa enquanto esperamos, estudamos, assistimos televisão, navegamos na Internet, nos comunicamos...
Todo esse emaranhado de ações, análises, participações e convívio coletivo fazem do ser humano um ser único que comunica, compartilha e constrói suas relações desenvolvendo o que lhe é uma característica unitária de construir sua própria História e assim colaborar na construção da História da sociedade na qual vive.
Viver coletivamente...
É esse conviver, esse trocar coletivo, o descobrir, o compartilhar no seu grupo social que constrói a história de vida de cada um.
POR TUDO ISSO, QUE ESTUDAR, CONHECER E COMPREENDER A HISTÓRIA É MUITO IMPORTANTE...
VAMOS APRENDER JUNTOS...
NESTE BLOG, ESCREVEREI SOBRE MUITAS COISAS... RIQUEZAS CULTURAIS, EXPERIÊNCIAS, FAMÍLIA, PASSEIOS, DESCOBERTAS, ENCONTROS E MUITOS OUTROS FATOS HISTÓRICO SOCIAIS E CULTURAIS QUE NOS CONSTROEM A TODO O MOMENTO COMO SERES HUMANOS.
EXPERIÊNCIAS DESCRITAS PARTINDO DO EXEMPLO DE NOSSA FAMÍLIA FORMADA POR UM MINEIRO QUE JUNTOU COM GAÚCHOS E SAIU DO RIO GRANDE DO SUL PARA MORAR POR QUASE DEZ ANOS ENTRE POTIGUARES NO RIO GRANDE DO NORTE...
MUITAS VIAGENS !!!
MUITA DIVERSÃO E APRENDIZAGENS !!!
ACOMPANHE-NOS E VAMOS APRENDER JUNTOS...
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15 setembro 2011
RN - Renda de bilro em Natal
A maioria das rendeiras começou a fazer renda nas "almofadas de pau",
passando a usar as de forma arredondada, porque estas são melhores para o tipo de trabalho que executam, isto é, pelas colchas, toalhas, centros de mesa, que são maiores e mais largos que a renda feita a metro.
Em Portugal a arte da renda de bilros tem especial expressão nas zonas piscatórias do litoral, com maior relevo para Peniche e Vila do Conde, onde esta arte é antiquíssima.
Além disso, a rendeira necessita movimentar a almofada para poder trabalhar nos quatro lados dos quadrados da renda, virando-a sempre que necessário.
Costumam apoiar a almofada numa cadeira e sentam-se na cama, sofá, banquinho ou mesmo noutra cadeira.
HISTÓRIA:
Indefinida que está a sua origem resta apurar a data do seu aparecimento no nosso país e, como tal, consta que a primeira vez que se falou na palavra renda, entre nós, terá sido no reinado de D. Sebastião em 1560.
No reinado de D. João V o país foi inundado e influenciado pelas rendas com origem na Flandres, dado que o protocolo da corte obrigava ao uso das rendas flamengas, facto que veio prejudicar o desenvolvimento das nacionais. Esta situação originou a revolta das rendeiras nortenhas que enviaram o seu protesto, perante o rei, através da vila-condense Joana Maria de Jesus, que conseguiu permissão para o uso das rendas nacionais em lenços, lençóis, toalhas e outro bragal de casa, continuando proibido o seu uso pessoal.
As rendas nacionais foram libertadas destas peias em 1751, no reinado de D. José, passando a poder ser usadas na roupa branca de uso das pessoas, toalhas, lençóis e outras alfaias da casa.
Porém a entrada na capital das rendas feitas no resto do país era sujeita ao acompanhamento de guias passadas pelos escrivães das câmaras, embora, pelo facto de na sua feitura se empregarem somente pessoas pobres, estivessem isentas de impostos.
E foi assim que na classificação das rendas se passou a denominar de aristocráticas, hoje em Peniche chamadas eruditas, aquelas que imitam as estrangeiras por serem mais elaboradas e utilizando linhas finas, e as populares que são aquelas que tradicionalmente sempre foram feitas pelo povo.
"Onde há redes há rendas" e Peniche não foi exceção, como não foram quase todas as povoações do litoral onde se desenvolve atividade piscatória.
Num livro publicado em 1865 pelo então capitão do porto Pedro Cervantes de Carvalho Figueira refere-se que umas senhoras, que na época contavam mais de oitenta anos, afirmavam que a sua tia/avó lhes mostrava piques das rendas que tinha feito em menina, o que atesta que as rendas, em Peniche, já se faziam em meados do século XVIII.
Renda de Bilros em Peniche
Consta que em 1836 a mulher do Conde de Casal (que aqui se encontrava como governador da praça), analisando as rendas grosseiras que aqui se faziam, entendeu que, se se usassem materiais mais delicados, como linhas mais finas e desenhos elaborados, seria possível obter produto de melhor qualidade. Com o auxílio de um engenheiro em serviço na praça pôs em ação o seu plano, do que resultou sensível melhoria da qualidade, o que permitiu que as nossas rendas fossem premiadas em eventos internacionais logo nos anos de 1851 (Paris e Londres), 1857 e 1861 (Porto), 1872 (Viena de Áustria) e 1878 (Paris).
A originalidade e a qualidade das rendas de bilros de Peniche atingiram tal grau de perfeição e notoriedade, que toda e qualquer renda de bilros portuguesa passou a ser conhecida, simplesmente, por renda de Peniche.
Em meados do século XIX existiam em Peniche quase mil rendilheiras e, segundo Pedro Cervantes de Carvalho Figueira, eram oito as oficinas particulares onde crianças a partir dos quatro anos de idade se iniciavam na aventura desta arte.
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