PARA QUE ESTUDAR HISTÓRIA...

Antes se imaginava que estudar História era apenas pesquisar sobre o passado e nada mais.


Atualmente, porém, podemos definir esse estudo como determinada busca que irá nos ajudar a entender os acontecimentos que acontecem no presente e virão a acontecer no futuro.


Para isso, pensar em rompimentos e permanências, em certezas e descobertas, em perguntas e vazios que se explicam com o passar do tempo, em mudanças e frustrações e em tudo o que permanece com o tempo, é pensar construções históricas, sociológicas e culturais.


Diariamente andamos pelas ruas, conversamos com as pessoas, entramos em prédios, lemos alguma coisa enquanto esperamos, estudamos, assistimos televisão, navegamos na Internet, nos comunicamos...


Todo esse emaranhado de ações, análises, participações e convívio coletivo fazem do ser humano um ser único que comunica, compartilha e constrói suas relações desenvolvendo o que lhe é uma característica unitária de construir sua própria História e assim colaborar na construção da História da sociedade na qual vive.


Viver coletivamente...


É esse conviver, esse trocar coletivo, o descobrir, o compartilhar no seu grupo social que constrói a história de vida de cada um.


POR TUDO ISSO, QUE ESTUDAR, CONHECER E COMPREENDER A HISTÓRIA É MUITO IMPORTANTE...

QUE BOM TE TER POR AQUI... APROVEITE! TEM MUITA FOTO PARA OLHAR, COMENTÁRIOS PRA FAZER E ALEGRIA A NOS DAR. GASTE TEU TEMPO COM NOSSAS HISTÓRIAS E EXPERIÊNCIAS!
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VAMOS APRENDER JUNTOS...

NESTE BLOG, ESCREVEREI SOBRE MUITAS COISAS... RIQUEZAS CULTURAIS, EXPERIÊNCIAS, FAMÍLIA, PASSEIOS, DESCOBERTAS, ENCONTROS E MUITOS OUTROS FATOS HISTÓRICO SOCIAIS E CULTURAIS QUE NOS CONSTROEM A TODO O MOMENTO COMO SERES HUMANOS.
EXPERIÊNCIAS DESCRITAS PARTINDO DO EXEMPLO DE NOSSA FAMÍLIA FORMADA POR UM MINEIRO QUE JUNTOU COM GAÚCHOS E SAIU DO RIO GRANDE DO SUL PARA MORAR POR QUASE DEZ ANOS ENTRE POTIGUARES NO RIO GRANDE DO NORTE...

MUITAS VIAGENS !!!

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20 dezembro 2009

ALAGOAS - Praça Gogó da Ema na Praia de Ponta Verde


     

      Gogó da Ema era um coqueiro torto, existente no sítio do Chico Zu, na Ponta Verde. 

        No inicio era completamente desconhecido.
     Quem Falava dele então ? Pouquíssimas pessoas. Sabe-se apenas que algumas pessoas desejosas de vê-lo, pulavam a cerca do sítio do Chico Zu (Francisco Venâncio Barbosa) arriscando-se às mordidas do cachorro que guardava a propriedade ou às chifradas de algum boi bravo que lá pastasse na ocasião.

      O mar avançou muito, derrubou outros coqueiros, fazendo com que se pudesse divisar o Gogó, da praia ou do mar, quando se passava ou tomava banho. E ei-lo que se torna, pouco a pouco, falado, cantado, adquirindo até celebridade internacional. Turistas ou passageiros, ao desembarcar, indagava logo onde fica o Gogó da Ema.

              Há sessenta anos, o primeiro cartão postal de Maceió deixava de existir. Ele foi tema de músicas e poesias, e até hoje, o coqueiro torto ocupa lugar muito especial na memória e no coração do povo alagoano que viveu em sua época.          


          GOGO DA EMA
 Nasceste para fama e para Glória
bem pertinho do mar dos meus sonhares
do verde mar que trago na memória,
de um verde mar de celebres antares

O mundo já conhece a tua história
- Gogó da ema - verde como os mares
- que da natura és obra meritória
Ponta Verde, coqueiros e luares...

A praia que te envolve - a areia fina
Numa carícia terna e envolvente,
sugere uma moldura alabastrina

Gogó da Ema - lembra-se um versêto
pela brisa cantando docemente.
"Gogó da Ema" - Cabe num soneto...

Recife - 1951 Transcrição da Revista lustrada - MISA 1967
Publicado no Jornal "O DIÁRIO" Quinta-feira em 02/12/1996

           O nome atual da praia onde se localiza a praça onde encontra-se o memorial, foi herdado do Sítio Ponta Verde, que ficou conhecido em todo o Brasil por causa do coqueiro de aparência inusitada - parecido com um pescoço de uma ema – o até hoje famoso "Gogó da Ema", embora não exista mais, marcou época como símbolo turístico das Alagoas. 
 
          O Gogó da Ema, que era o símbolo mor de Maceió, atraindo turistas de todo o Brasil, foi criminosamente incendiado entre os anos 1955/1956.  As autoridades governamentais tudo fizeram para preservar a palmeira, dando inclusive injeções na tentativa de salvá-lo.
          Apesar dos esforços das autoridades policiais, o criminoso ou criminosos, nunca foram identificados.

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 Música: COCO DO GOGÓ DA EMA 

 Luiz Wanderley e Miguel Lima - gravação de 1961





O Gogó da Ema

       Em 1930, bem perto do local aonde encontrava-se o coqueiro,  perfuraram vários poços à busca de petróleo. O mar avançou mais, pondo em perigo a famosa palmeira. Para ela foi reclamada proteção, havendo a Gazeta de Alagoas, em reportagem intitulada "Os assassinos do Gogo da Ema", denunciando o perigo. 

      A Prefeitura mandou protegê-lo com um muro de alvenaria de tijolos e uma traves de madeira, o que não bastou para garanti-lo. Apesar das advertências do público e dos jornais, no dia 27 de julho de 1955, às 14:20 horas, ele caiu aos poucos, devagarzinho. Imediatamente, pessoas de estavam nas proximidades cortavam as palhas e colheram os frutos. De tudo foi testemunha ocular o trabalhador  José Dias de Oliveira.
     O acontecimento foi comentado em toda Maceió. Segundo consta, a causa de o coqueiro ter ficado aleijado fora haver o seu tronco sido perfurado por um besouro, pequeno.

    Tentando salvá-lo, reergueram o coqueiro em 29 daquele mês. Enquanto um guindaste o levantava, populares que presenciava a tentativa de ressurreição batiam palmas e davam vivas entusiásticos. No dia seguinte os jornais circularam com numerosas fotografias.

     A Gazeta de Alagoas registra melancolicamente:
      "Vão morrendo, desaparecendo, uma a uma, as coisas tradicionais desta terra: o Grande Ponto(?), o Relógio Oficial (no coração do Comercio)... Agora, o Gogó famoso, do qual já se falava em todo o Brasil" .

      Na Ponta Verde, no local onde esteve o Gogó da Ema, foi aberta uma "praça" com seu nome.

 



 




        Quando fala-se sobre o Gogó da Ema, enche-se o ar de uma lembrança que envolve o povo alagoano e traz ações e reações emotivas. 
         Para os mais novos que aprendem sobre a história, hoje vista como Cartão Postal, o Gogó da Ema era isso e mais aquilo, que faltou concretizar-se durante sua existência de: "Cartão Postal de Alagoas" (Maceió) ou seja: O Recanto Turístico enviado para todos os locais do Brasil para que fosse visitado quando das vindas turísticas as Alagoas. 


4 comentários:

  1. propriedades pertencia ao meu avo,meu pai stock venancio barbosa.planta 40 quadras e 649 lotes.

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    Respostas
    1. Que legal! Wilma...
      Bom receber seu recadinho.
      Podes acrescentar o que quiseres, pois nada como alguém que conhece bem a história de um determinado evento para contá-la.
      Adorei!
      Beijos.

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  2. Muito bom o conteúdo. Gostaria de saber em que ano foi construída a praça Gogó da Ema?

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  3. Olá Matheus... A praça com o memorial sobre o Gogó da Ema só se originou em 1996. Mas antes disso, há muita história!Vou tentar colocar alguns vídeos que expliquem melhor a história desse belo coqueiro chamado Gogó da Ema. Grande abraço.

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